sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

2011



…Desabafos…


20 de Outubro de 2011


Aprendi a chorar em silencio,
Sozinha, no mais profundo silencio,
Ninguém me ouve
Sou só eu
Eu e a minha dor de mãe…

As lágrimas deslizam pelo meu rosto
Sem se fazerem ouvir
E fico longos momentos a meditar:
Como eu gostava que tudo fosse diferente…

Consegui tudo o que queria na vida, menos aquilo que sempre mais desejei: Uma família grande e unida.
Grande sim, tal qual eu sonhei,
Unida, não sei se algum dia será.

Não mereço isto
Sei, sinto que não mereço isto,
Porquê? Porquê eu? Sim porquê?
Na vida nada acontece por acaso, e por saber disto, quero acreditar que neste momento em que tudo está mal, em que o fundo está perto em que só a minha força para vir para cima me impede de bater bem lá no fundo, é apenas o começo de uma fase em que vou renascer mais fortalecida…

Neste dia : Foi morto o ex-ditador Líbio Muammar Kadhafi, na sua cidade natal, Sirte…



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Eu só quero ser feliz!

Parece tão pouco, mas é tanto, é tudo!

Dou comigo a pensar no tamanho da minha dor actual: tenho um filho longe, bem longe a 3500 Kms de distância, em Gdansk, na Polónia. Pensava eu na minha ingenuidade, que ia sofre horrores com esta separação, e sofro, o que quer que lhe possa acontecer eu não lhe posso valer no imediato…Mas todos os dias falo com ele no Skipe e fico tranquila.
Tenho um em Lisboa a uma escassa hora de carro que me causa um sofrimento muito maior. Estando mais perto, está muito, mas muito mais longe. Não fala, não me diz nada, só me responde com monossílabos. Só eu sei o que tenho sofrido por causa dele, mas só mesmo eu. Todos os dias falamos pelo telefone, ele nunca atende á primeira o que me deixa logo nervosa, muitas vezes nem á segunda ou terceira…mas isso é o menos. Se lhe faço perguntas é porque faço e não devia, se falo de outros assuntos, coisas ou pessoas, diz que não se interessa…é muito difícil, mas o pior é saber que ele não está bem. Não se passa um dia que eu não fique a chorar depois de desligar a chamada. São breves segundos de conversa, é o tempo que ele dedica á família, e assim se passa um dia, uma semana, um mês, e já lá vão alguns anos…
Uma vez escreveu-me uma carta em que dizia : “a minha relação com a família é ténue e magoada…”, acredito que seja, só pode mesmo ser, mas todos gostam tanto dele…








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